quarta-feira, 15 de junho de 2011

suje





copos fundos,
sem qualquer líquido retido
pratos sujos de poeira
talheres sem uso.

idéias guardadas em
estojos trancados
papéis em branco
lápis sem ponta
pratos sujos de poeira - novamente.

isso que dá, parar
não mover
se render à tentação de
não evoluir, de não escrever, ler
crescer, ser, amar.

sim.
eu quero é ter uma pilha de pratos
impregnados de rastros dessa vida vivida.
sorridente ou imponente.
minha.
só minha.

aliás, nossa.





(Izabella Valverde) 15/06/2011

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