fugi da beirada
soltei as mãos das quinas tão
quadradas.
sentada na cama ainda emprestada
vago sobre os pensamentos ávidos
pela liberdade de ser
o que sinto ser.
(20.08.2014)
terça-feira, 16 de dezembro de 2014
jamais negue o desejo
Eu deveria negar. Mas negar destrói o desejo. O sexo que não inspiro, traduz a sede que sinto. Larvas de fogo se petrificam de forma que, o ar quente e molhado que faz suar, faz ebulir entre todas as camadas a enorme vontade de jamais negar o desejo.
(20.06.2014)
(20.06.2014)
terça-feira, 6 de maio de 2014
espelho vazio
pareço tão alma
tão calma
sorrindo de dentro
dançando no vento
surpresa pelo tempo
que caminha devagar
sem me fazer deixar de amar
carrego e vejo
atrás do espelho
ou na frente do espelho
ou sem qualquer espelho
que na verdade
não me vejo no que digo
inspiro, e sem expirar,
desisto
tão calma
sorrindo de dentro
dançando no vento
surpresa pelo tempo
que caminha devagar
sem me fazer deixar de amar
carrego e vejo
atrás do espelho
ou na frente do espelho
ou sem qualquer espelho
que na verdade
não me vejo no que digo
inspiro, e sem expirar,
desisto
segunda-feira, 14 de abril de 2014
ausência sortida
carecemos de sabor
ou de sol que tanto chove luz que nos aquece
sons desconcertados em um concerto de impulsos que tocam
essa cabeça mistura tudo que ferve a mente
mistura os sabores da saudade seguida de não ter
de não querer ser
sermos
um, dois
futuramente, três, quatro
noção da razão dos saberes cósmicos
egos destroçados e revitalizados
tudo junto
sou um vaso que vazo desejos amarrados
tão apertados, coitados
arriscaria te fazer riscos e eternizar-te no meu papel
que embrulha o coração
e seja qual for o papel
o cheiro de flor sempre exalará
entre nossos labirintos
não precisa fazer sentido quando me escrevo tentando suspender meu olhar acima da razão dos meus porquês
que seja...
que seja.
carecemos de sabor
ou de sol que tanto chove luz que nos aquece
sons desconcertados em um concerto de impulsos que tocam
essa cabeça mistura tudo que ferve a mente
mistura os sabores da saudade seguida de não ter
de não querer ser
sermos
um, dois
futuramente, três, quatro
noção da razão dos saberes cósmicos
egos destroçados e revitalizados
tudo junto
sou um vaso que vazo desejos amarrados
tão apertados, coitados
arriscaria te fazer riscos e eternizar-te no meu papel
que embrulha o coração
e seja qual for o papel
o cheiro de flor sempre exalará
entre nossos labirintos
não precisa fazer sentido quando me escrevo tentando suspender meu olhar acima da razão dos meus porquês
que seja...
que seja.
quarta-feira, 2 de abril de 2014
e novamente, aqui estou eu. debruçada na minha janela, sentindo o cheiro de fumaça escondida.
minha pele está sentindo por todos os poros a diferença da experiência de um tempo, em que, todos os dias não existia a preocupação de ser escondido, tudo era vivido como eu queria que fosse. o viver era tão simples quanto soluçar. e quando voltamos para o mundo real, a simplicidade se embaraça entre todos os pensamentos que latejam minha cabeça. sim, eu imaginei que seria assim. só não esperava que nasceria um enorme desespero em desfazer todo esse nó com urgência.
mas se eu for pensar, isso não é ruim.
talvez a urgência me impulsione ao salto.
minha pele está sentindo por todos os poros a diferença da experiência de um tempo, em que, todos os dias não existia a preocupação de ser escondido, tudo era vivido como eu queria que fosse. o viver era tão simples quanto soluçar. e quando voltamos para o mundo real, a simplicidade se embaraça entre todos os pensamentos que latejam minha cabeça. sim, eu imaginei que seria assim. só não esperava que nasceria um enorme desespero em desfazer todo esse nó com urgência.
mas se eu for pensar, isso não é ruim.
talvez a urgência me impulsione ao salto.
terça-feira, 1 de abril de 2014
difícil
ando com medo de tropeçar nos passos que tão dificilmente tenho dado.
a possibilidade de conseguir enxergar a escuridão possível de meus próximos dias, me faz tremer.
meus pés não se sentem fixos nesse chão.
me falta saber o que me falta.
e quando digo isso, penso: eu sei o que me falta.
por que tão complicado, então? passa-se anos e mais anos e eu continuo a me perguntar: por que tão complicado?
não quero aprender a conviver com essa indignação...eu só quero tão e simplesmente, viver.
a possibilidade de conseguir enxergar a escuridão possível de meus próximos dias, me faz tremer.
meus pés não se sentem fixos nesse chão.
me falta saber o que me falta.
e quando digo isso, penso: eu sei o que me falta.
por que tão complicado, então? passa-se anos e mais anos e eu continuo a me perguntar: por que tão complicado?
não quero aprender a conviver com essa indignação...eu só quero tão e simplesmente, viver.
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