quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Pés, por que não patas?




Quatro patinhas que caminham livres no belo jardim da Rua Pasárgada.
Elas caminham em minha direção; deitam; ficam em pé; dormem; brincam com as folhas; apreciam o vôo dos passarinhos; sobem no sofá; afiam as garras na árvore; pedem carinho; dão carinho...

Não importa o que elas estão fazendo.
Elas estão soltas e felizes.

Meus pés pedem liberdade também.

Liberdade de uma gata em um corpo humanamente meu.






Foto e Texto: Izabella Valverde

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

na roda; com a música; a maçã; a faca; o Viansatã; os Sacerdotes


Eu respirava, respirava... mas o ar não chegava aos meus pulmões. Eu sabia. Era o caos possuindo o meu eu. Era isso que ele queria; Que me faltasse ar limpo e puro, e viesse o oxigênio do coletivo, me fazendo sentir - como um súbito sopro - completamente preenchida, tornando-me parte daquele todo.




E foi isso que aconteceu. Confesso.







Foto e Texto: Izabella Valverde

sábado, 15 de outubro de 2011

terra; mulher


Queria ser sambista ou poeta
Voltar para as raízes de minha Bahia
Soltar a voz num canto eterno
Deixar gravado na música, livros e na mente
de meus conterrâneos, o som do amor que tenho pelos santos
que protegem minha terra mulher

Não há como explicar.
O samba de roda
O batuque no pé
Soltar na dança a força crioula perpétua na pele
que, daqueles que respeitam suas origens, não deixará jamais.
Por mais branca que for.

Cantar o brilho escondido
Exaltar a beleza com palavras sucintas,
mas que são capazes de acalmar
meu coração costurado por desejos nossos...
repleto de paixões.

Vamos sambar ao toque do poeta e viver
com o sorriso da baiana,
sempre no ritmo dos batimentos da nossa terra-mulher.

Pois é assim que a música toca para mim agora.






Foto e Texto: Izabella Valverde - 15.10.2011

sexta-feira, 7 de outubro de 2011



Vontade; desejo; esperança
E a certeza de que esse meu mergulho
Me trará na pele,
O frescor de águas limpas e sempre
agradáveis de serem sentidas.