libertar-se desses sentimentos que
prendem uma energia ruim,
que carrega o que não queremos,
que transpira um eterno não ser
não sei o que.

acordar e abrir bem os olhos,
enxergar cada traço de luz que o sol traz,
olhar bem no olho daquela pessoa que te trata bem;
sorrir de volta;
lhe dá uma abraço apertado e agradecer, talvez.

sonhar, com o desejo de que se torne real.

que se torne real o amor que existe em mim,
durante todos os dias de minha vida.

Para os que tem fome de 'nome'

Na vida a gente tem que aprender a conviver com a falta do que chamamos de educação, moral, senso, compreensão, 'semancol', bondade (ou seja lá o que for) graças ao que chamamos de poder, nome, status que uns garantem que é o necessário para encher os olhos do público.
Para mim, o que enche verdadeiramente os olhos do público é o que ele vai ver daquilo que foi construído, a sinceridade da arte que foi posta na mesa.
É na boca desse público que quero um dia ouvir/ler o meu nome.

sdd part 2

Um recado para a saudade:


Sim...não sabemos quando. Por sinal, adoraria saber. (...) Aliás, teria graça saber disso? Saber do tempo? Não...não me cabe ser maior que o tempo. Ele sim saberá o fim que isso terá. Se terá. Como será.
E por isso digo...não sabemos quando. Mas você irá partir um dia de mim. Mas ainda não é hora.


.

sdd part 1

E um sentimento veio com força. Aquele que não deve sumir nunca. Que mantem intacto a essência do que existe entre nós. Que preenche o amor. Faz pensar o passado, sentir o arrepio na pele só ter em mente as lembranças, e desejar o nosso melhor futuro. Empurra ladeira a baixo aquela lágrima que andava escondida. O pulmão incha e desincha em um intervalo de tempo necessário para sentir ainda vivo tudo que foi construído. Que Faz aquelas dúvidas "será que é para sempre mesmo?" despedaçarem no ar, que agora tem somente cheiro disso. De saudade.

quero a vontade de sorrir.
sem esforços e sem um pensamento ruim logo em seguida.
preciso aprender a sorrir só.











dói

tudo pelo avesso
supre o desejo de sumir
sopra a ventania do voar
carrega para bem longe teu amar

me deito sobre o lençol branco de sangue
vermelho que já não vê
sinto o molhado da terra
terra que já não crê

acreditar em quê, em quem, em você
a verdadeira agulhada de dor invade minhas perguntas

sorriso, não carregue embora seu poder
saiba que te quero na mais próxima ventania do amar




.

não é questão de merecer. é o que cada corpo acaba sentindo com a queda.
o meu sentiu muito mais o impacto. e isso foi uma surpresa para mim.
me senti fraca. mas já sei de onde tirar a força; desse amor infinito que bate no meu peito.

qsf

então pronto, se for para ser assim, assim se fará.
já fiquei convencida do diferente peso que cai para cada lado...
e agora, escolho não carregar o saco
mais pesado. ele só faz doer mais minha coluna e empurrar mais lágrimas.
não mereço isso.

não sei mais fazer poesia

Não sei mais fazer poesia.
O que me resta tentar se do tentar nada sai?
O esforço começa a tornar o ato falso. 
E de falso não tem nada.

Quero que seja natural, simples, eu.
Aliás, não quero. É assim. Sempre foi.

As correntezas começam a me levar para uma cachoeira
pequena e rasa, sem espaço para que eu me solte ou aprecie a paisagem.
Não sei por que isso vem acontecido. 
Talvez eu tenha que desistir das águas, colocar um monte de terra
e sujar os pés de areia. 

Ver a paisagem com os pés plantados deve ser mais agradável.

eu escolheria o inferno. o lugar aonde (parte do) passado poderia estar.

Idéias.

Eu preciso tê-las e transforma-las em realidade, em luz pregada no papel. 

a decolagem

Não é que eu não goste do lugar onde me encontro, das roupas que me vestem, das pessoas que eu amo e que estão do meu lado, dos momentos que meus olhos registram através da minha câmera... Não é que eu não goste das coisas que faço no meu dia-a-dia, da comida da minha casa, da benção de meu pai e de minha mãe quando pego o carro deles para ir ali, do mar que admiro quando estou perto de casa, do ventilador que me salva do calor e ao mesmo tempo me deixa sentir frio, do espelho que me mostra sem compaixão a cara que acordo toda manhã, dos meus cadernos que adoro colecionar com esperança que um dia todos eles estarão sem nenhuma página em branco.

As mudanças parecem querer surgir... E essa coisa toda toma conta de mim. Mas sei que não é trocar o lugar, o espelho que me mostra toda manhã, o mar que vejo, o ventilador que me refresca, que fará a verdadeira diferença. Sou eu. Eu e meus cadernos.
As folhas em branco querem ser riscadas. Sempre quiseram, mas às vezes essa 'coisa' aumenta, cresce em mim.

A hora dos vivos nem sempre sorridentes que se esforçam para mostrar os dentes na hora onde nem sempre é de se sorrir, vai chegar.


Assim espero.

O texto que se perdeu de mim

Ontem eu perdi um texto.
Um texto que eu comecei a escrever loucamente de uma ideia que surgiu. Escrevi, escrevi, mas não consegui termina-lo. Pronto, coloquei-o na gaveta. Literalmente.
Vez ou outra pegava ele e tentava terminar, mas as palavras não surgiam como foi da primeira vez.
Então, resolvi esperar as palavras chegarem até mim e, finalmente, pegar o texto e finalizar. Isso demorou...na verdade, isso ainda nem aconteceu. E muito provavelmente, nunca acontecerá: eu o perdi. Mas que coisa... fui arrumar minha gaveta e ele não estava lá! Procurei em todas minhas pastas, cadernos...ele não está mais aqui. Fiquei triste, de verdade. Talvez nem valha a pena minha mente ficar pensando nisso, mas é o que está acontecendo. Talvez ele nem fosse ficar tão bom como eu estava sentindo que iria ficar...mas poxa, foi tão gostoso escrevê-lo. As letras saiam da caneta de forma tão natural e intensa, meu desejo de que ele expressasse tudo que eu estava pensando e sentindo era tão forte que sentia como se eu estivesse traduzindo o 'meu eu' por completo naquele papel temporariamente em branco.
Sim... é claro, o texto falava de amor.
O amor continua aqui, dentro de mim... mas apesar de saber que sim, não conseguiria escrevê-lo daquela forma novamente. 






Desabafo.

O tempo de brotar

Sempre mudaremos com o tempo.
O tempo transforma aquilo que somos e nos torna aquilo que devemos ser, mas, por uma questão de tempo, ainda não somos. Mas seremos. Serei.
E é a experiência que vem com esse tempo que nos transforma, que nos impulsiona a 'criar' novas formas de ver e pensar o mundo.
Foi ele, esse tal tempo, que me fez sentir o ar que me rodeia com um perfume completamente diferente do que pudesse imaginar. O cheiro me agrada.
Agora, farei através do meu esforço a semente que planei em mim, nascer.

Afiado

Seria mesmo tão difícil largar tudo para cima e pegar o instrumento com as duas mãos, e com toda força fazer os movimentos que deveriam ser feitos? Já temos a resposta.  A imensa bolha da mediocridade e ignorância apareceu em nossa frente implorando para ser o nosso alvo. Os suspiros foram longos, mas conseguimos fazê-la querer ficar e escolher receber a dolorosa furada. Doeu. Talvez. Mas independente disso, os movimentos foram feitos.

Estourar a bolha e saber como o sangue que tinha dentro iria escorrer pelas nossas mãos, mentes, gritos, pensamentos e olhos era nosso maior objetivo.

Deixamos a ponta afiada rasgar tudo. E todos foram importantes para que isso acontecesse.

Todos.

....

E é diante desses dias que nem imagino como serão, que vejo bem pertinho dos meus olhos uma coisa que sinto que jamais será diferente: o interesse com segundas intenções. Sendo mais direta: o homem, a mulher... esse Ser que dizemos ser humanos. Mas que de humano, só de nome se faz real. Pois, de resto, tudo é interesse. E de interesse me faço também. A diferença é o que desperta tal sentimento em mim.

...

 Suspiros que um alguém que não enxerga nem mais um palmo a sua frente.
 Não lembro a última vez que sabia como seria meu dia de amanhã.

Se isso é bom, não sei.

De cara no chão

Como pode? O mundo girou, deu dez voltas e eu nem vi. Só vi quando eu caí e dei de cara no chão.

E o pior, fiz com que aquela que não merecia, ir de cara no chão junto comigo. Claro que não da mesma forma. 

Me dei conta e confirmei isso para mim algumas vezes nos últimos tempos: não sou uma mulher simples. Minha mente é um labirinto de lembranças que se reproduzem mil vezes em um único segundo. E nesse espaço, que nem eu conheço direito, crio teses para minhas loucuras, argumentos para as merdas que faço, motivos, cenas, suspiros, gemidos, gritos e tudo aquilo que foi criado por mim, para me fazer arrancar os cabelos por estar entupida de sentimentos sujos. Todos eles plantados e mantidos pelo meu orgulho de não querer dividi-los. Muito por medo que ninguém me entenda... ninguém me entende. Nem mesmo eu. 

Ser- não-simples. Cabeça com a mente socada de suspiros de dúvidas que não eram para existir.

Sou eu.

A vida me dá sim muitas oportunidades.

Mas por que seus caminhos traçam em mim dolorosas caminhadas?

(...)

Estou precisando sentir você com aquele 'ar de novidade'.

Estou querendo te ter como se isso nunca tivesse acontecido.

Seu beijo como se fosse novo para mim, aquela sensação de nunca ter

sentido algo parecido na vida, aquele cheiro que parece não querer sair mais

de mim, de meu corpo. Meu corpo. Meu corpo exitado somente com sua presença

no mesmo espaço que eu. A vontade possuindo todos meus membros e pensamentos

só de olhar em seus olhos enfeitiçados por paixão. A mesma paixão que me possui.

A paixão que nos persegue até hoje. A paixão que virou amor, o amor que nos faz sentir tudo como se tudo fosse novidade. Nada é igual. Eu e você. O que existe entre eu e você. Nada é igual a isso que somos. Nada.

Os olhos da verdade se fecharam e a luz que existia foi se apagando a cada palavra mal dita.

Do dia 01 para 02 de abril de 20012.

Nós. Pensando melhor,

não é para mim o que eu sempre sonhei.

O que eu costumava sonhar

não chega perto da alegria que juntas, nós somos.

Seria impossível prever

que esse Ser de melodia simples e completa

me faria cantar no ritmo do mais vivo sentimento,

da forma mais fora do comum

e de forma mais clara da verdade que existe,

quando cada pétala de amor em nosso jardim floresce. 

Por que para você minhas palavras

se unem fazendo sentido tão facilmente?

Por que minha mente consegue ficar o tempo todo

me mandando imagens suas, de seu rosto lindo?

Por que com você eu consigo suprir qualquer outra necessidade que

não seja te ter entre nossos abraços?

Por que será que sentir seu amor, assim como sentir seu cheiro,

seu toque, seu beijo me deixa tão longe de onde estou ou de quem sou?

Por que será que os estranhos nos olham curiosos para entender

essa tal energia tão limpa e verdadeira que insiste em nos rodear?

. . . Por que eu sinto que nada pode me fazer mudar de idéia de que a resposta para TUDO

será sempre o nosso amor?

Por que?

(Izabella Valverde)