terça-feira, 16 de dezembro de 2014

beirada

fugi da beirada
soltei as mãos das quinas tão
quadradas.

sentada na cama ainda emprestada
vago sobre os pensamentos ávidos
pela liberdade de ser
o que sinto ser.





(20.08.2014)

aquela fruta que exala docura também pode ser amarga.
ou não ter gosto de nada.









(25.06.2014)

jamais negue o desejo

Eu deveria negar. Mas negar destrói o desejo. O sexo que não inspiro, traduz a sede que sinto. Larvas de fogo se petrificam de forma que, o ar quente e molhado que faz suar, faz ebulir entre todas as camadas a enorme vontade de jamais negar o desejo.






(20.06.2014)
tanto quanto doce,
de quando derrete vontade
e torna-se doce na língua,
é esse açucar que só me chega o cheiro.

que venha o gosto, o gozo.

quero passar entre as portas
que parecem fechar com minha chegada.
sou só vento, mas preciso de espaço para
tocar(-te).








(15.04.2014)
vento toca
vento passa
tudo passa.

mas do que passa,
o doce fica.

desejo.



(15.04.14)